Tratamento de microvarizes no âmbito da clínica estética
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Buscou-se com a elaboração deste artigo de revisão bibliográfica, obter informações para estabelecer ou nortear qual melhor técnica poderia ser empregada no âmbito da clínica estética, para tratamento de microvarizes e telangiectasias, uma patologia de grande incidência populacional. Muitas são as possibilidades para tratamento desta patologia, no entanto frente a conhecidos efeitos colaterais, custo e condições que não seriam apropriadas a maioria da população, a abrangência do tratamento impediria o sucesso da terapia que necessita de manutenção periódica pois possui prognóstico que leva a reincidência. A escleroterapia apresenta-se como alternativa mais adequada, em especial a que emprega como agente esclerosante a glicose, visto que as vantagens e resultados obtidos com baixo índice e gravidade dos efeitos colateais, justificam sua aplicação. A escleroterapia de microvarizes por glicose a 75% adequasse as condições no âmbito da clínica estética e deve contar, para seu sucesso, com a experiência e destreza do profissional responsável habilitado a desempenhar com boas práticas esta técnica.
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral - Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam na Revista Científica de Estética & Cosmetologia concordam com os seguintes termos: 1 - Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. 2 - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. 3 - Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Este é um artigo de acesso aberto sob a licença CC- BY
Referências
Cornu-Thenard A, Boivin P, Baud JM, De Vincenzi I, Carpentier PH. Importance of the familial factor in varicose disease. Clinical study of 134 families. J Dermatol Surg Oncol. 1994;20:318–26.
Robertson L, Lee AJ, Gallagher K, Carmichael SJ, Evans CJ, McKinstry BH, et al. Risk factors for chronic ulceration in patients with varicose veins: A case control study. J Vasc Surg. 2009;49:1490–8. doi:10.1016/j.jvs.2009.02.237.
De Medeiros CAF. Cirurgia de varizes: História e evolução. J Vasc Bras. 2006;5:295–302.
Barros BCS, Maia AB, Fiorelli SK alvim, Pinto DM, Barros RLS, Barbosa ET. Técnica LAAF: Laser After Foam (laser depois da espuma). Soc Bras Angiol e Cir Vasc. 2021.
Miyake RK. Uso combinado de cirurgia de varizes e escleroterapia de telangiectasias dos membros inferiores no mesmo ato. J Vasc Bras. 2006;5:163–4.
Dwerryhouse S, Davies B, Harradine K, Earnshaw JJ. Stripping the long saphenous vein reduces the rate of reoperation for recurrent varicose veins: five-year results of a randomized trial. J Vasc Surg. 1999;29:589–92.
Pereira AFA, Mesquita A, Gomes C. Abordagens cirúrgicas no tratamento de varizes. Angiol Cir Vasc. 2014;10:132–40.
Dover JS, Sadick NS, Goldman MP. The role of laser and light sources in the treatment of leg veins. Dermatologic Surg. 1999;25:328–36.
Arellano A, Ríos L. Tratamiento de varículas de las piernas con láser y luz intensa pulsada. Dermatologia Cosmet Medica y Quir. 2005;3:83–6.
Quirke TE, Rauscher G, Heath LL. Laser treatment of leg and facial telangiectasia. Aesthetic Surg J. 2000;20:465–70.
Beckitt T, Elstone A, Ashley S. Air versus physiological gas for ultrasound guided foam sclerotherapy treatment of varicose veins. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2011;42:115–9. doi:10.1016/j.ejvs.2011.04.005.
Hill D, Hamilton R, Fung T. Assessment of techniques to reduce sclerosant foam migration during ultrasound-guided sclerotherapy of the great saphenous vein. J Vasc Surg. 2008;48:934–9.
Nitecki SS, Bass A. Inadvertent arterial injury secondary to treatment of venous insufficiency. Vascular. 2007;15:49–52.
Fegan WG, Pegum JM. Accidental intra-arterial injection during sclerotherapy of varicose veins. Br J Surg. 1974;61:124–6. doi:10.1002/bjs.1800610212.
Grommes J, Franzen EL, Binnebösel M, Toonder IM, Wittens C, Jacobs M, et al. Inadvertent Arterial Injection Using Catheter-Assisted Sclerotherapy Resulting in Amputation. Dermatologic Surg. 2011;37. https://journals.lww.com/dermatologicsurgery/Fulltext/2011/04000/Inadvertent_Arterial_Injection_Using. 25.aspx.
Guex JJ. Complications and side-effects of foam sclerotherapy. Phlebology. 2009;24:270–4.
Kern P, Ramelet A-A, Wutschert R, Mazzolai L. A double-blind, randomized study comparing pure chromated glycerin with chromated glycerin with 1% lidocaine and epinephrine for sclerotherapy of telangiectasias and reticular veins. Dermatologic Surg Off Publ Am Soc Dermatologic Surg [et al]. 2011;37:1590–4.
Yiannakopoulou E. Safety Concerns for Sclerotherapy of Telangiectases, Reticular and Varicose Veins. Pharmacology. 2016;98:62–9.
Stricker BH, van Oijen JA, Kroon C, Ovink AH. [Anaphylaxis following use of polidocanol]. Ned Tijdschr Geneeskd. 1990;134:240–2.
Brzoza Z, Kasperska-Zajac A, Rogala E, Rogala B. Anaphylactoid reaction after the use of sodium tetradecyl sulfate: a case report. Angiology. 2007;58:644–6.
Miyake RK, King JT, Kikuchi R, Duarte FH, Davidson JRP, Oba C. Role of injection pressure, flow and sclerosant viscosity in causing cutaneous ulceration during sclerotherapy. Phlebology. 2012;27:383–9.
Peterson JD, Goldman MP, Weiss RA, Duffy DM, Fabi SG, Weiss MA, et al. Treatment of reticular and telangiectatic leg veins: double-blind, prospective comparative trial of polidocanol and hypertonic saline. Dermatologic Surg Off Publ Am Soc Dermatologic Surg [et al]. 2012;38:1322–30.
Bourgeois A, Quillard J, Constantin JM, Cottin P, Cosson JP, Le Baleur A, et al. 66% glucose, a safe sclerosant. Experimental study. J Mal Vasc. 1984;9:97–9.
Weiss MA, Hsu JTS, Neuhaus I, Sadick NS, Duffy DM. Consensus for Sclerotherapy. Dermatologic Surg. 2014;40. https://journals.lww.com/dermatologicsurgery/Fulltext/2014/12000/ Consensus_for_Sclerotherapy.5.aspx.
Ferreira MV, Seidel AC, Fregadolli L V., Borghesan CE. Aferição da temperatura da glicose utilizada na crioescleroterapia. J Vasc Bras. 2005;4:155–60.
Correia ME, Oliveira ÁP de. Complicações na Escleroterapia. In: Pitta GB., Castro AA, Burihan E, editors. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAV; 2003. p. 1–9. www.lava.med.br/livro.
Paulino A, Balhau ÁP, Formiga A, Lourenço A, Marques Â, Mourato B, et al. Varizes dos membros inferiores Aspetos práticos. 2018. https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2019/11/LIVRO_CIRURGIA_VASCULAR_VWEB-1.pdf.
Nicoletti MA, Orsine EMA, Duarte ACN, Buono GA. Hipercromias: Aspectos Gerais e Uso de Despigmentantes Cutâneos. Cosmet Toilet. 2002;14 June:46–51. http://www.tecnopress-editora.com.br/pdf/NCT_443.pdf.
Paschôa AF, Hayashida L, Siqueira MK, van Bellen B. Trombose venosa profunda como complicação da escleroterapia química no tratamento de telangiectasias dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2005;4:383–6.
Kern P. Pathophysiology of telangiectasias of the lower legs and its therapeutic implication: A systematic review. Phlebology. 2018;33:225–33.
Belczak CEQ, Godoy JMP de, Belczak Neto J, Cunha AGP da, Belczak SQ. Variação da glicemia após sessão de escleroterapia realizada com 10 ml de glicose hipertônica a 75 por cento. J vasc bras. 2004;3:127–30.
Hamel-Desnos C, Ouvry P, Benigni JP, Boitelle G, Schadeck M, Desnos P, et al. Comparison of 1% and 3% Polidocanol Foam in Ultrasound Guided Sclerotherapy of the Great Saphenous Vein: A Randomised, Double-Blind Trial with 2 Year-Follow-up. “The 3/1 Study.” Eur J Vasc Endovasc Surg. 2007;34:723–9.
De-Abreu GCG, De Camargo Júnior O, De-Abreu MFM, De-Aquino JLB. Escleroterapia ecoguiada com espuma para tratamento da insuficiência venosa crônica grave. Rev Col Bras Cir. 2017;44:511–20.
Ross EV, Domankevitz Y. Laser treatment of leg veins: Physical mechanisms and theoretical considerations. Lasers Surg Med. 2005;36:105–16.
Goldman MP, Sadick NS, Weiss RA. Cutaneous necrosis, telangiectatic matting, and hyperpigmentation following sclerotherapy. Etiology, prevention, and treatment. Dermatologic Surg Off Publ Am Soc Dermatologic Surg [et al]. 1995;21:12–9.
Brandão ML, Mustafá AMM, Costa JL. Glicose como causa e tratamento de necrose cutânea. J Vasc Bras. 2018;17:341–7.
Gonchoroski DD, Correa GM. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Infarma. 2005;17(3/4):84–8.
Nathércia Luiz Rodrigues Souto, Pugliesi PR, Lopes ICR. Hemocromatose hereditária: revisão de literatura. Rev Med Minas Gerais. 2015;26:1–12.
MATHEUS BERTANHA. Estudo clínico randomizado e duplo cego comparando dois métodos de escleroterapia para veias reticulares e telangiectasias em membros inferiores. Universidade Estadual Paulista; 2016. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/138110/bertanha_m_dr_bot_int.pdf? sequence=5&isAllowed=y.
Davis LT, Duffy DM. Determination of incidence and risk factors for postsclerotherapy telangiectatic matting of the lower extremity: a retrospective analysis. J Dermatol Surg Oncol. 1990;16:327–30.
Allen F, Kroes M, Mitchell S, Mambourg F, Paulus D. Diagnostic et traitement des varices des membres inférieurs. Good Clinical Practice (GCP). In: KCE reports 164B. D/2011/10.273/51. Bruxelles: Centre fédéral d’expertise des soins de santé (KCE); 2011.
Sobreira ML. Complicações e tratamento da tromboflebite superficial. J Vasc Bras. 2015;14:1–3.
Verlato F, Zucchetta P, Prandoni P, Camporese G, Marzola MC, Salmistraro G, et al. An unexpectedly high rate of pulmonary embolism in patients with superficial thrombophlebitis of the thigh. J Vasc Surg. 1999;30:1113–5.
Jorgensen JO, Hanel KC, Morgan AM, Hunt JM. The incidence of deep venous thrombosis in patients with superficial thrombophlebitis of the lower limbs. J Vasc Surg. 1993;18:70–3.
Goldstein M. [Complications of sclerotherapy]. Phlebologie. 1979;32:221–8. http://europepmc.org/abstract/MED/482371.
Franceschi C, Bricchi M, Delfrate R. Anti-infective effects of sugar-vaseline mixture on leg ulcers. Veins Lymphat. 2017;6:1–2.
Adhikari A, Criqui MH, Wooll V, Denenberg JO, Fronek A, Langer RD, et al. The epidemiology of chronic venous diseases. Phlebology. 2000;15:2–18.
Figueiredo M, Figueiredo MF. Pesquisa sobre escleroterapia líquida em varizes dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2013;12:10–5.
Gaspar RJ, Medeiros CAF de. Tratamento combinado da cirurgia de varizes com a escleroterapia de telangiectasias dos membros inferiores no mesmo ato. J Vasc Bras. 2006;5:53–7.